segunda-feira, 15 de junho de 2015

Ainda gosto de TI...

 Confesso que tinha desistido. Desistido de TI. De nós. De amar-te. 
Baixei os braços, eu sei. Não tinha mais forças. Senti-as a escapulirem-se de dentro de mim e por momentos deixei que assim acontecesse. Não sabia mais o que fazer. Só queria deixar de sentir. Perdi a vontade de lutar. Deixei de acreditar. Deixei de sonhar que seria possível. 
A dor e o cansaço venceram-me. TU continuavas tão distante que doía cada vez mais. Tentei não te amar mais. Deixei-te ir... não lutei, não corri atrás, não fiz nada... .

Mas TU não foste, TU quiseste ficar. TU ficaste. Ficaste, não porque eu pedi. Não porque eu precisei de TI. Ficaste porque assim quiseste. Ficaste porque ainda me amas, eu sei.  E EU a TI.

Não sei não te amar. Desculpa, mas não sei. Não sei deixar de amar-te. Não sei como o fazer.
Tentei, acredita que sim. Consegui quase não pensar em TI. Consegui afastar-me. Mas não consegui deixar de amar-te.
É fácil amar-te. Apesar de, por vezes, doer por demais amar-te, TU sabes e EU também sei o quanto dói. Mesmo assim não consigo não te amar. TU fazes parte de mim. Como se deixa de gostar de uma parte de nós mesmos? 
TU entendes-me, eu sei que sim. Sempre entendeste. 

                                                                                                                                                                 
Sim, ainda te amo e TU a mim.