sexta-feira, 29 de maio de 2015

Estou uma bagunça…

Não estou bem e não sei quando ficarei.

Acredito que um dia voltarei a estar. Que um dia voltarei a sentir-me feliz e completa. Só não chegou ainda esse dia.
Agora sou apenas bagunça. Vou tentando colar cada pedacinho que se encontra partido. Mas tem parecido tarefa impossível.   
Tem alturas que só queria não sentir, que queria não ser EU, queria não pensar.   
Queria fechar os olhos e esquecer.
Estou cansada de fingir. Não estou bem, entende, por favor. Não perguntes. Não te importes. Não te preocupes. Abraça-me apenas. Aconchega-me no teu abraço e diz-me que vai passar. Diz-me que um dia voltarei a estar bem.

Entende que preciso de TI. Não estou bem. Preciso de TI por perto. Dá-me força. Faz-me acreditar. Preciso de acreditar.  

Sim, estou triste. Faz-me sorrir, fazes? Faz-me esquecer a dor, fazes? Faz-me esquecer o mundo. Vamos ser só TU e EU. Faz-me voltar a sonhar. Abraça-me e faz-me acreditar que ainda é possível. Não me deixes desistir… 

sexta-feira, 22 de maio de 2015

A tua ausência...

Apetece-me gritar. Deixar de fingir que sou forte e que aguento bem a tua ausência. Deixar de fingir que não penso em TI. Deixar de fingir que não me afetas. Que posso bem viver sem TI. Deixar de fingir que não me fazes falta. Deixar de fingir que não sinto saudades de ti.
Apetece-me falar-te. Apetece-me perguntar-te porquê. Apetece-me ouvir a tua voz. Perceber o que nos aconteceu.
Quero dizer-te que sinto a tua falta. Que sinto saudades. Que penso em TI. Que quero ver-te.
Apetece-me gritar. Quebrar este silêncio horrível em que ambos vivemos. Quero deixar de fingir que também não me importo. Deixar de fingir que sou capaz de ficar em silêncio também. Porque não, não sou. Dói por demais.



Tu és capaz eu sei. Eu perco sempre.  


Quando gostar de TI magoa...

Tenho-me sentido irritada. Zangada e com raiva na maior parte dos dias. Então, evito escrever. Evito falar. Remeto-me ao silêncio, que é sem dúvida o melhor que faço. Porque nesses dias diria que te odeio, que não te quero mais, que nunca mais te quero ver. Diria que me magoaste e magoas com frequência. Diria basta e desaparece de uma vez por todas. Arrancar-te-ia da minha vida. E muito provavelmente arrepender-me-ia imediatamente a seguir a escrevê-las ou a dizê-las. Porque não seriam sinceras, seriam ditas e escritas para TE magoarem como TU me magoaste. Teriam unicamente o objectivo de exprimir a minha dor e mágoa. Então, nesses dias não escrevo nem falo. Fico no meu mundinho no silêncio. Deixo que o tempo passe e me acalme. Tento não pensar muito. Deixo que as coisas boas se sobreponham às más, mas está difícil de conseguir.

Sabes sequer como estou? Como me sinto? Sabes sequer se estou viva? Não. Não sabes, porque simplesmente não perguntas. Simplesmente achaste que o melhor a fazer seria isto. 

Como chegámos nós aqui? 

quarta-feira, 20 de maio de 2015

Não sei mais se me amas...ou saberei?


Nestes últimos dias fugiram-me todas e quaisquer certezas que tinha em relação a TI. Em relação a nós. Não dá para viver de lembranças e recordações. Não podemos viver de momentos mágicos que já passaram. Vivemo-los é verdade e foram sem dúvida marcantes, mas não podemos viver apenas agarrados a esses momentos, ansiando por mais momentos desses. Por um lado, queria enrolar-me, envolver-me e ficar numa pequena bola a viver apenas desses maravilhosos momentos. Ficar a recordá-los, a revivê-los vezes sem conta na minha memória, como aliás tenho feito todos os dias. Fecho os olhos e fico assim a reviver-te. Só assim sinto que te tenho pertinho de mim. Por outro lado, e a bem da minha sanidade mental, tenho que conseguir erguer-me. Conseguir continuar a viver a minha vida, sem deixar que TU ou a tua falta interfira, retirando-me o gosto de viver. Então obrigo-me a sair desse meu mundinho e a encarar a realidade. Quanto mais encaro a realidade, mais longe e distante te sinto. Mais sinto que te perdi.  

Fugiram-me as forças, todas e quaisquer forças que tinha em lutar para que desse certo. Por vezes pergunto-me se TU também lutas por nós. Ficas tão ausente que já não sei. Mais parece que continuas a viver a tua vida, sem que eu faça parte dela, parecendo que não sentes sequer a minha falta. O pior é que sei que sentes. RRRR…Não sei como lidar com isto, não sei mesmo.


Fugiu-me a capacidade de te compreender. Ou a vontade de te compreender, acho que é mais isso. De me colocar no teu lugar e desculpar tudo. Sinto-me cansada e sozinha. Fugiste uma vez mais e eu não sei mais se consigo continuar. Vou agarrando-me à ideia de que me amas, vou alimentando a esperança que um dia tudo isto vai terminar e acabaremos juntos. Recordo-me a mim mesma o quanto me amas. Mas isso não chega. Onde estás TU para me dizeres que me amas? Onde estás TU para me fazeres acreditar que me queres? Sinto-me cansada. Quando ficas assim distante de mim inundam-me as dúvidas. As minhas certezas desmoronam-se e fico sozinha com os meus pensamentos, medos e receios. Num momento amas-me com toda a tua alma, fazes-me sentir a mulher mais feliz à face da terra e no momento seguinte desapareces como se tivesse sido apenas e unicamente um sonho meu. Quase como se me pudesses apagar da tua vida. Dos teus pensamentos. Da tua memória. Desapareces completamente. E sou atingida por uma dor que me estraçalha o coração. E o pior é que sei que me amas, és brilhante a demonstrá-lo sempre que estás comigo. Assim como sei que sentes saudades. Que sentes a minha falta. E agora, que faço?  


Não sei lidar com isto... .



sexta-feira, 15 de maio de 2015

Feitos um para o outro


De certa forma quando TE vi pela primeira vez percebi. Deu aquele nervoso miudinho. Senti aquelas borboletas no estômago. Olhamo-nos e sim, eu soube. Quase como se sempre TE tivesse procurado, sem sequer o saber.
A química foi instantânea. O à vontade imediato. Foi quase como se já nos conhecêssemos. Impossível, eu sei. Foi a primeira vez que nos cruzámos. Talvez fosse de uma outra vida, quem sabe.
Talvez as nossas almas se tenham reconhecido uma à outra. Isso explicaria muita coisa.

Tento compreender o que nos aconteceu, mas não tenho como o explicar.

Resultamos tão bem juntos. Sim, parece que fomos feitos um para o outro. Feitos para nos completarmos. Sim, é isso que sinto sempre que estou contigo. TU completas-me, sem dúvida alguma.

Talvez, então, estivesse no destino encontrarmo-nos. Quem sabe já nos conhecêssemos de outra vida. Talvez tenhamos voltado a esta vida para um entrar na vida do outro. Não sei. Mas que é perfeito quando estamos juntos, isso é. Preciso compreender o que se passa connosco. 

Talvez seja essa a nossa história. Podemos nem sempre conseguir ficar juntos, mas andaremos sempre à procura um do outro. E sei que nos encontraremos sempre. Não me perguntes como nem porquê. Mas se te encontrei nesta vida, sem sequer te procurar, isso deve significar algo.


Sei, também, que ficaremos juntos. Não te sei explicar como. Pode não ser agora. Pode até ser só quando formos os dois bem velhinhos. Mas que ficaremos juntos, disso, não tenho a menor dúvida.
Talvez agora não seja o momento. Talvez precisemos de mais tempo. Quem sabe, apenas precisemos de ficar prontos um para o outro. Talvez eu precise de ficar pronta para TI. Precise de viver outras coisas. Talvez precise de entender primeiro o que se passa connosco. De compreender melhor como pode ser tão intenso. Como é possível sentir-me assim contigo… Não sei. 


Sei apenas que ficaremos juntos e isso chega-me.


quarta-feira, 13 de maio de 2015

Vou amar-TE para sempre

Pode parecer uma frase cliché, mas sinto que te amarei para sempre. Sinto que, para mim, serás sempre uma pessoa muito especial. Talvez essa seja a sensação de todas as pessoas quando estão apaixonadas e depois isso lhes passe. Talvez eu seja apenas mais uma dessas pessoas. Na verdade, não sei. Só o tempo o dirá.

Que a nossa história fará para sempre parte de mim, disso não tenho a menor dúvida. Mesmo que com o tempo o amor que tenho por TI se vá esmorecendo, aquilo que fomos juntos, aquilo que vivemos os dois, isso não se extinguirá nunca. Essa história é só nossa e continuará a ser. Mesmo que TU deixes de me amar. Na verdade nunca me esquecerás. Assim como eu nunca TE vou esquecer, mesmo que um dia o amor se desvaneça Pode acontecer. É a lei da vida. Apaixonamo-nos, vivemos, partilhamos momentos e sonhos e um dia tudo isso acaba. Mas não podemos simplesmente apagar as pessoas da nossa vida. Elas marcam-nos de diferentes maneiras. Elas perduram através das lembranças e recordações. Essas não podemos apagar, elas fazem parte de nós. Vivem e fazem parte do que somos. E pode parecer absurdo, mas saber disso conforta-me. Saber que viverei em TI para sempre. Saber que continuarei a fazer parte de TI, da tua vida, mesmo que de uma outra forma. Saber que TU permanecerás para sempre em mim, acalma-me. Traz-me uma sensação de tranquilidade.  
Os momentos perduram no tempo, viverão guardados na nossa gaveta das recordações. Um dia, quem sabe, daqui a alguns anos, TE recordes de alguns dos nossos momentos com um sorriso no rosto.

Há pequenos pormenores, numa pessoa, que dificilmente não recordamos. Aquela tua maneira de me abraçar é, com toda a certeza, um desses pormenores. E trata-se apenas de um abraço, o que poderia ter um abraço assim de tão diferente? A forma como é dado e o que ele transmite. E isso não se esquece, isso recorda-se com um sorriso nos lábios. Recorda-se com aquela sensação de satisfação. 

Aquele beijo é outro pormenor que cria raízes nas nossas lembranças. Não se esquece. E sei que TU também não o esquecerás. Não me refiro a todos os maravilhosos beijos que trocamos. Refiro-me sim a um especial e TU sabes qual foi. Um beijo capaz de fazer soltar um sorriso nesses lábios. Não é um beijo que se esqueça. É algo que permanecerá em nós. E daremos por nós a recordarmo-nos desse beijo, oh se daremos. E aí inevitavelmente recordar-nos-emos um do outro e surgirá o sorriso. Portanto, não TE perdi. Nunca te perderei nem TU a mim. Poderemos sim deixar de nos amar. Poderá a nossa história ficar por aqui, o que duvido. Mas poderá. Poderá não haver mais nós. Só não poderei perder-te nem TU a mim. Fizeste e farás para sempre parte de mim e da minha história assim como eu de TI e da tua história e isso será impossível de arrancar, de perder ou de esquecer. 

Estarás sempre em mim e EU em TI.     



terça-feira, 12 de maio de 2015

Será que TE perdi?

Impossível sabermos o que se passa na cabeça das pessoas. Era tão mais fácil e simples se pudéssemos espreitar lá para dentro e saber o que se passa. Facilitava e muito as coisas. Mas não. Não podemos espreitar para dentro da cabeça das pessoas. Então perguntamos “o que tens?”, “o que se passa?”, ou “o que aconteceu?”. Na tentativa de perceber o que aconteceu. Então, e quando simplesmente não nos respondem? Quando o silêncio grita mais alto que qualquer palavra? Que fazemos nós? Como adivinhamos o que aconteceu? E quando misturado com esses silêncios temos a dor que eles nos provocam? Como gerimos e lidamos com isso? Como interpretamos esses silêncios quando eles surgem depois de momentos mágicos de paixão e entrega? Questionamos? Duvidamos?

 
O que eu não daria para entender esse TEU silêncio.

Os teus silêncios machucam. Os teus silêncios arrancam pedaços de mim. Fazem-me duvidar. Questionar. Fazem-me sentir mal. Os teus silêncios sucedidos do teu afastamento magoam. Fazem doer cá dentro.  

O que eu não daria para entender o que se passa nessa TUA cabeça. Mas TU não deixas. TU simplesmente desapareces. Deixas-me as mais bonitas recordações e lembranças de TI em mim e vais com a brisa da noite. Um momento tenho-te e é maravilhoso, perfeito. Mágico, até. O mundo desaparece. Existes TU e EU apenas. EU sou o teu mundo e TU és o meu. Tudo em TI diz o quanto me amas. Todo o teu carinho. O teu cuidado. Aqueles teus abraços apertados. O teu olhar. As tuas carícias.
Permito-me sonhar.
 
Um momento depois, o sonho desfez-se, TU fugiste-me. Será que TE perdi?

Trocamos carícias. Partilhamos pensamentos e sonhos. Por momentos fomos apenas um do outro e por momentos existimos apenas nós dois. E era tão perfeito. Foi tão bom.

Agora ficam as recordações. Lembranças do que foi, do que fomos juntos e do que podíamos ter sido. Recordações tão vivas que quase me rasgam por dentro. Será que TE perdi?

   

segunda-feira, 11 de maio de 2015

Estar contigo...

Estar contigo é sentir aquela sensação de ter finalmente chegado a casa. Uma sensação reconfortante de se estar onde é devido. De estar onde me sinto bem. Uma sensação de plenitude.

Passem dias, passem semanas, passem meses ou até anos, quando olhamos um para o outro é como se nem horas tivessem passado. Volta tudo. E desaparece tudo ao mesmo tempo. Parece contraditório, eu sei, mas não é. Voltam todas aquelas sensações boas, o amor e o carinho estão lá e desconfio que estarão sempre. Desaparece tudo o resto de mau. As mágoas, as tristezas, os momentos menos bons por que passámos. Quando estamos juntos é como se nos conhecêssemos durante toda uma vida e sempre estivéssemos estado juntos. Quase como se pertencêssemos um ao outro, é estranho. Mas sabe tão bem, é tão perfeito.

Os nossos olhares cruzam-se e tudo o resto deixa de ter importância. O mundo à nossa volta desaparece. E somos só nós os dois. E é tão, mas tão familiar. E sabe tão, mas tão bem. É tão simples e natural. Nunca foi complicado estar contigo, mas cada vez mais aquela sensação aconchegante de estar onde devia estar me preenche.

O mundo muda. Nada mais importa porque estou contigo.

Então fecho os olhos por momentos e deixo que a tua presença me preencha. Deixo que os sentimentos e sensações tomem conta de mim e deixo-me ir. Esvazio a mente e vivo cada pequeno momento. Guardo cada beijo, cada carícia. Absorvo cada pequeno pormenor. Sei que vou precisar deles para depois os recordar. Assim quando não te tiver comigo posso fechar os olhos e recordar os teus braços a abraçarem-me. Os teus lábios a saborearem-me. Vou poder relembrar como é ser amada. Recordar a forma carinhosa como TU me tratas. O cuidado que tens comigo. Relembrar cada carícia tua e cada sensação que me despertas. Sentir-te comigo.  

Queria poder estar assim contigo para sempre. Nunca me senti tão completa nem tão feliz.

Estar nos teus braços é indescritível. É reconfortante. É mágico. Sinto-me protegida. Sinto-me completa. Sinto-me tão especial. Sempre senti que TU és a parte de mim que me falta, mas cada vez mais tenho essa certeza.
Sou uma pessoa diferente quando estou contigo. Gosto da pessoa que sou contigo. Gosto das sensações que me despertas. Gosto de gostar de TI. Sabe bem. Faz-me feliz.


Mas é complicado, eu sei. A vida não é fácil e prega-nos por vezes algumas partidas. Parece que nos pregou uma, fazendo com que nos cruzássemos neste mundo.   





quinta-feira, 7 de maio de 2015

Preciso de TI


Só queria ser abraçada. Preciso tanto do teu abraço. Do aconchego do teu corpo. Precisava de me sentir protegida e segura. Estou frágil. Proteges-me?
Só queria sentir que TE importas. Queria poder ver-TE. Queria sentir que me amas. É pedir muito?
Tenho dias assim. Não estou bem e não consigo disfarçar. Dias em que me sinto cansada. Em que me apetece baixar os braços e parar de pensar, de sentir, de sonhar.
Só queria ter o teu carinho, hoje. Não eram precisas palavras. Só o teu colinho. Hoje virei uma menininha frágil que precisa de TI para que cuides dela. É pedir muito?
Só quero que me abraces forte. Queria aquelas festinhas na minha cabeça. Aqueles carinhos no meu rosto. Queria que tratasses e cuidasses de mim, como só TU o sabes fazer. Queria poder descansar a minha cabeça no teu peito e sentir que o mundo não existe. Esquecer tudo e todos. Esquecer a dor. Esquecer qualquer lembrança menos boa. Abraça-me forte, abraças? Secas as minhas lágrimas? Fazes cafuné no meu cabelo? Dizes que me amas? Que tudo vai acabar bem? Diz-me que ainda estás aí… Preciso tanto de TI hoje.

Não estou bem, hoje...

Esta foi uma daquelas noites. Foi uma noite para esquecer. Quase não dormi. O pouco que dormi foi um dormir desassossegado. Fui olhando para o relógio e vendo as horas a passar. Estava inquieta. A minha mente a mil à hora. Acabei por sair da cama. Não conseguia dormir e estar ali no silêncio da noite, naquela escuridão, sem TI, estava a deixar-me mais inquieta ainda.


Sentia-me agitada. E nada me trazia paz e sossego. Era uma dor desesperante no peito. Um sentimento de mau estar terrível. Quase como se estivesse doente.  
Não sei que se passa comigo, por vezes. Ou até sei, mas ... Tem noites que a tua falta se faz sentir mais que outras. Tem noites que sinto um mau estar cá dentro, sabes? Não é nenhuma dor física. É uma dor por dentro. Uma sensação agoniante. Quase como se me faltasse uma parte de mim mesma. Procuro, mas não TE encontro. Contei as horas, contigo no pensamento e vi o sol nascer, contigo no pensamento. Quando finalmente o cansaço venceu a minha mente, e conseguiu sossegá-la um pouco … já o Sol brilhava no céu. Sinto-me exausta. Parece que estive numa batalha aguerrida contra mim mesma. E uma vez mais fui eu quem perdeu. TU ganhas sempre.  


Não estou bem, hoje, e não sei quando voltarei a estar.  

quarta-feira, 6 de maio de 2015

Quando tudo muda


Há coisas que não se explicam. Os sentimentos pertencem a essa categoria das coisas que não se explicam. Sentem-se.
Há coisas que não entendo, por muito que tente, por muito que me esforce. Simplesmente acontecem. Tento encontrar uma razão. Tento explicar porque acontece, mas não consigo encontrar uma resposta. Apenas acontece, quando damos por nós estamos apaixonados. E como foi que isso nos aconteceu, questionamo-nos. Aconteceu, é simples. Um olhar… um sorriso… um carinho… um gesto… uma palavra… resume-se a um momento e de repente “cai-nos a ficha”. Apaixonámo-nos.
Normalmente não é algo que se procure, penso eu. Não temos como objectivo de vida apaixonarmo-nos, pelo menos eu não tinha. Não achava que estivesse sequer a sentir falta de ter uma paixão na minha vida, pelo menos naquela altura. Sentia-me perfeitamente confortável com a minha vida. Então como foi que aconteceu?
Um momento, um cruzar de mundos, o meu com o teu, e assim aconteceu. Era suposto? Não sei, talvez fosse, bem vistas as coisas agora. Talvez não fosse, não sei. Mas que foi tudo muito natural, isso foi. Simplesmente aconteceu.
Um dia, quis o destino, talvez, se é que realmente existe um destino, que TU e EU estivéssemos no mesmo local e que nos cruzássemos. O resto o destino deixou nas nossas mãos. Talvez o objectivo fosse apenas que o meu mundo colidisse com o teu e o teu com o meu. E assim foi. O meu ficou virado do avesso. O teu acredito que tenha tido o mesmo destino.
Mesmo assim não era suposto, penso eu, que nos apaixonássemos. Podia não ter acontecido, é certo. Mas houve qualquer coisa naquele primeiro momento, naquela primeira vez, e isso ditou tudo o resto. Não se explica. É algo que se sente.

Mas parece que foi mais forte que qualquer outra coisa. TU percebeste logo, eu sei. Eu levei mais tempo a perceber.

Na verdade, foi um momento específico. Um momento e eu percebi. Tinha acontecido. Não podia negar mais a mim própria. Naquele momento fez-se luz. Não havia volta a dar. Estava perdida e redondamente apaixonada por TI. Não se explica. Não se entende. Não há uma razão específica para ter acontecido. Obra do destino ou não, o destino não nos obriga a apaixonarmo-nos. Aconteceu. Não andava à tua procura especificamente, mas agora que te encontrei, e que sei o que é ter-te na minha vida, não faz mais sentido viver sem que TU faças parte de mim.


segunda-feira, 4 de maio de 2015

A minha boca na tua

A minha boca ainda tem o gosto da tua. Ainda sente o teu sabor. O meu corpo conhece o teu toque, recorda as tuas mãos. O teu cheiro ainda está na minha pele. O teu sorriso está gravado para sempre nos meus pensamentos e lembranças. O teu toque ainda queima a minha pele. Ainda ouço o bater do teu coração. O teu sussurrar nos meus ouvidos. 
Apesar de fazer algum tempo que não estamos juntos, ainda estás em mim. Pergunto-me se eu ainda estarei em TI, também.

Tenho acordado sozinha. Sem TI do meu lado. Só quero que me abraces. Só quero o teu beijo. Quero poder pousar a minha cabeça no teu peito e ouvir o bater do teu coração. Faz algum tempo que não estamos juntos, mas TU ainda estás em mim. Quero poder acordar e olhar-te. Adormecer de conchinha. Ainda sinto os teus beijos a despertarem-me. Estás distante… estamos longe um do outro. Ainda olho para o céu e vejo as estrelas, será que também as vês e recordas-te de nós sob as estrelas?

Tenho adormecido sozinha. Sem TI do outro lado da cama. O meu corpo ainda se recorda do teu. Ainda estás em mim. Como é possível sentir-te desta forma? Recordar-te assim? Ainda sinto o sabor da tua boca na minha. Ainda sinto os teus olhos em mim. O teu olhar ainda me aquece. Quero-te. Desejo-te tanto ou mais que a primeira vez.


O tempo vai passando, mas tu permaneces em mim.


Desapareceste...

Onde estás? Onde te meteste TU? Nada dizes… não dás notícias. Nada sei de TI. Um momento tenho-te e logo no momento seguinte é como se te tivesse perdido. É como se não te tivesse mais, quase como se nem existisses, como se fosses mero fruto da minha imaginação. Num momento estamos mais que bem, estamos felizes, estamos juntos, fazemos planos e tudo e no momento seguinte, TU foste levado pelo vento. Desapareces na brisa e deixas apenas recordações. Lembranças do que foi, do que podia ter sido. Deixas fortes lembranças de ti em mim. Lembranças que sangram quando desapareces.
Que é feito de TI? Por onde andas? Que tens feito? Porque desapareces desta maneira? Do que tens TU tanto medo? Assusto-te? Não entendo. Quero entender, juro. Quero perceber-te. TU não deixas.
Tens sentido a minha falta? Tens pensado em mim? Ou conseguiste arrancar-me de TI? Conseguiste esquecer-me assim de um momento para o outro? Arrancaste de TI as recordações de nós juntos?
Fico aqui a pensar porque te afastas de mim… porquê essa tua necessidade de te distanciares. Porque será que ficas no teu mundinho, o mais longe possível de mim, como se não quisesses mais me ver?
Que se passa contigo? Porque não te abres comigo? Achas que afastares-te de mim resolve tudo? Que só porque te afastas eu deixo de existir, é isso? As lembranças que tens de nós dois apagam-se? As recordações que tens de mim deixam de existir? É isso que acontece? É por isso que foges e refugias-te nesse teu mundinho?

Porque voltas então? Porque depois me pedes para ficar? Se não sou eu quem foge?

Talvez tentes lutar contra ti mesmo. Talvez tentes apagar de ti a minha existência. Sinceramente, não sei. Só não me peças para ficar se a tua ideia é partires, desapareceres. 


Momentos da vida...

Cada vez mais acho que a vida é feita de pequenos, grandes momentos. Momentos bons e maus, ou menos bons, vá. Momentos que nos fazem sentir felizes e outros que nos fazem sentir tristes, momentos que são para nós especiais outros que preferíamos esquecer, momentos que nos trazem dor, mas também momentos que nos trazem alegrias. Diferentes momentos, mas todos eles únicos e irrepetíveis, e, é através deles que aprendemos a viver, que vamos moldando a pessoa que somos, que vamos crescendo e amadurecendo. São esses mesmos momentos que nos ensinam a ultrapassar os obstáculos que vão surgindo, é em busca desses momentos bons, especiais, momentos que nos trazem felicidade que vamos vivendo. Então podemos resumir a vida a isso mesmo, a momentos. E é assim que os guardamos na nossa memória. Quase como se tivéssemos gavetas no cérebro específicas para guardar cada momento. Por vezes, nem sempre damos o devido valor aos bons momentos e valorizamos em demasia os maus momentos. Diria até que muitas vezes nos focamos muito mais nos maus momentos, não conseguindo ver ou valorizar sequer os momentos bons. Só depois, quando o momento já nos fugiu, percebemos realmente o quão especial era e aí fica aquele sentimento de saudade, diria até aquele sentimento de remorso por não termos aproveitado melhor aquele momento.
Cada vez mais tento viver e aproveitar cada momento bom da minha vida, nem sempre o consigo é verdade. Acabo muitas vezes a dar demasiada importância a outros aspectos e deixo fugir o momento, apercebendo-me tarde de mais. Mas estou a fazer um esforço.

No fundo acho que tenho aprendido isto contigo. Não era pessoa de dar tanta importância aos momentos bons e confesso que me focava muito nos maus momentos. Sinto que contigo tenho aprendido a aproveitar mais cada momento que estamos juntos, para depois não ficar aquele sentimento de remorso, de arrependimento. Penso menos quando estou contigo e sinto que vivo mais, aproveito mais. Já o sentimento de saudade é inevitável. Assim que guardo o momento na tal gaveta própria, fica impossível não recordá-lo e não sentir saudades. Mas isso até é bom. É sinal que o recordo, que me marcou e que recordá-lo traz-me saudades por querer viver outros momentos semelhantes. Sinto que dou mais valor a cada momento que vivo e que tento retirar o máximo que consigo de cada um deles. Cada momento contigo tem um sabor especial, tem um gosto muito próprio a TI, a nós. São momentos irrepetíveis, que me trazem saudades, mas momentos que acima de tudo me fazem sentir bem e feliz. Claro que existem momentos menos bons, momentos que trazem dor e tristeza associada, momentos que custa recordar, que custa ultrapassar. Mas esses momentos fazem parte, assim como todos os outros momentos maus da nossa vida. Temos que passar por eles, eles ensinam-nos, eles fazem-nos crescer e ver as coisas de uma outra forma. São esses momentos que dão maior significado aos momentos felizes. Não podemos ter uns sem ter os outros, faz parte da lei da vida. Impossível seria vivermos apenas de momentos felizes, sem nunca saber o que é viver um momento triste, um momento de dor. Como daríamos então valor aos bons momentos se não houvesse os maus?  

sábado, 2 de maio de 2015

Pediste-me para ficar

Esta noite adormeci nos teus braços. Com as minhas mãos nas tuas. Com o teu corpo bem enroscadinho no meu.

Senti a tua suave respiração no meu pescoço. Os teus braços envolveram-me e apertaram-me contra o teu corpo quente e receptivo. E ficamos assim bem aconchegadinhos um no outro. Como se os nossos corpos tivessem sido feitos um para o outro. Sem palavras. Sem conversas. Só assim nós dois e o silêncio. Um silêncio confortável, apaziguador. Não eram precisas palavras, estava tudo dito. Apenas me pediste para ficar, como se eu fosse a algum lugar, como se a minha alma já não te pertencesse, quer TU a queiras ou não.

O teu abraço fortalece-me. Faz-me sentir segura e protegida. Ouço as suaves batidas do teu coração. Sinto a tua respiração a ficar serena e cada vez mais pausada. O teu corpo relaxa e TU adormeces abraçado a mim. Fico algum tempo a ouvir-te apenas e a desfrutar do teu abraço aconchegante. Finalmente adormeço, nem dou pelo tempo. Simplesmente, deixei-me ir. O meu corpo relaxou, a mente ficou despida de pensamentos. Estava segura, estava feliz. Fechei os olhos e adormeci também EU, nos teus braços.  
    

sexta-feira, 1 de maio de 2015

Coisas difíceis de explicar

 Há coisas engraçadas, sem dúvida. E difíceis de explicar também. Se são fruto da nossa cabeça, não sei. Ou até se as imaginamos, não me parece ser o caso, mas coloco todas as hipóteses. Talvez sejam as hormonas do chamado amor a falarem mais alto. Quem sabe seja apenas eu a ver coisas onde não as há, por ser uma romântica, sinceramente, não sei. 


O que eu sei é que podemos estar tempos sem falar, sem nos vermos até, sem ouvirmos o som da voz um do outro, sem olharmos olhos nos olhos, sem sabermos nada um do outro, que quando falamos, quando estamos juntos ou até quando nos vemos é como se tempo algum tivesse passado, como se nada tivesse acontecido. É tão, mas tão natural que eu própria não o entendo. Naquele momento deixa de existir todo um mundo, existimos nós dois, apenas. E é tão bom. É uma sensação plena de harmonia. Sinto-me completamente bem e em paz comigo própria. Sinto realmente que estou onde pertenço. Se é que nós, almas que andamos a vaguear pelo mundo, temos algum lugar onde pertencemos. Se tivermos, o meu lugar é sem dúvida alguma ao teu lado. É contigo que me sinto completa. Como se me faltasse um bocado e sentisse sempre aquele vazio, como se sentisse sempre a falta de qualquer coisa e não soubesse o que era essa coisa. Agora sei, sei porque quando estamos juntos não há vazio nenhum. TU completas-me.  Serás a minha outra metade? E eu serei a tua? É por isso que nos sentimos tão bem juntos? É por isso que aconteça o que acontecer, passe o tempo que passar, quando estamos juntos é como se nada antes tivesse acontecido? Será? Será por isso que quando estamos juntos é tão perfeito? Sabe tão bem? 
Inexplicável, não é?