terça-feira, 21 de abril de 2015

Eu, em luta

“Eu lutava ferozmente contra as sombrias e confusas emoções que ele desencadeava em mim, mas lutava contra ele… ou contra mim mesma?”
(retirado de “A Paixão” de Nicole Jordan)

Confesso que fiquei a reflectir, pois dou por mim a lutar, mas será contra TI ou contra mim mesma?
Foi no teu abraço que descobri a felicidade, mas também a angústia. Nunca consegui compreender o poder que TU tens sobre mim, por isso é contra TI que luto? Ou se a simples ideia de não voltar a sentir-te, a ver-te, a ter-te é mais do que posso suportar, então é contra mim mesma que luto?
Se sem TI “sou a mais infeliz das criaturas, uma mulher atormentada pelo desgosto” então é contra quem que luto?
TU ofereces-me a “atormentadora promessa do paraíso, se ao menos eu tivesse a coragem de a agarrar” não lutaria mais nem contra TI nem contra mim mesma, essa é a realidade.

“Contra a minha vontade, (…) [TU] povoas os meus sonhos” (Jordan,N., 2011)

A minha resistência é inútil, como posso defender-me do inquieto anseio que TU despertas em mim? É uma luta que já perdi.

“O coração reconhecerá o seu único e verdadeiro companheiro”
(retirado de “A Paixão” de Nicole Jordan)


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