quarta-feira, 6 de maio de 2015

Quando tudo muda


Há coisas que não se explicam. Os sentimentos pertencem a essa categoria das coisas que não se explicam. Sentem-se.
Há coisas que não entendo, por muito que tente, por muito que me esforce. Simplesmente acontecem. Tento encontrar uma razão. Tento explicar porque acontece, mas não consigo encontrar uma resposta. Apenas acontece, quando damos por nós estamos apaixonados. E como foi que isso nos aconteceu, questionamo-nos. Aconteceu, é simples. Um olhar… um sorriso… um carinho… um gesto… uma palavra… resume-se a um momento e de repente “cai-nos a ficha”. Apaixonámo-nos.
Normalmente não é algo que se procure, penso eu. Não temos como objectivo de vida apaixonarmo-nos, pelo menos eu não tinha. Não achava que estivesse sequer a sentir falta de ter uma paixão na minha vida, pelo menos naquela altura. Sentia-me perfeitamente confortável com a minha vida. Então como foi que aconteceu?
Um momento, um cruzar de mundos, o meu com o teu, e assim aconteceu. Era suposto? Não sei, talvez fosse, bem vistas as coisas agora. Talvez não fosse, não sei. Mas que foi tudo muito natural, isso foi. Simplesmente aconteceu.
Um dia, quis o destino, talvez, se é que realmente existe um destino, que TU e EU estivéssemos no mesmo local e que nos cruzássemos. O resto o destino deixou nas nossas mãos. Talvez o objectivo fosse apenas que o meu mundo colidisse com o teu e o teu com o meu. E assim foi. O meu ficou virado do avesso. O teu acredito que tenha tido o mesmo destino.
Mesmo assim não era suposto, penso eu, que nos apaixonássemos. Podia não ter acontecido, é certo. Mas houve qualquer coisa naquele primeiro momento, naquela primeira vez, e isso ditou tudo o resto. Não se explica. É algo que se sente.

Mas parece que foi mais forte que qualquer outra coisa. TU percebeste logo, eu sei. Eu levei mais tempo a perceber.

Na verdade, foi um momento específico. Um momento e eu percebi. Tinha acontecido. Não podia negar mais a mim própria. Naquele momento fez-se luz. Não havia volta a dar. Estava perdida e redondamente apaixonada por TI. Não se explica. Não se entende. Não há uma razão específica para ter acontecido. Obra do destino ou não, o destino não nos obriga a apaixonarmo-nos. Aconteceu. Não andava à tua procura especificamente, mas agora que te encontrei, e que sei o que é ter-te na minha vida, não faz mais sentido viver sem que TU faças parte de mim.


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